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Julio 2016

A CIDADE COMO AGENTE NO DESENVOLVIMENTO CRIATIVO

Hiparcio Stoffel

Mestrando em Indústria Criativa na Universidade Feevale

Administrador de Empresas, pela Universidade Feevale

E-mail: hiparcio@terra.com.br

Mary Sandra Guerra Ashton

Doutora em Comunicação Social, PUCRS

Pesquisadora e Professora Titular na Universidade Feevale

Docente no Mestrado em Indústria Criativa, na Universidade Feevale

E-mail: marysga@feevale.br

Serje Schmidt

Doutor em Economía de L'empresa pela Universitat de Les Illes Balears, Espanha

Doutor em Administração pela Unisinos

Pesquisador e Professor na Unversidade Feevale

Docente no Mestrado em Indústria Criativa na Universidade Feevale.

Resumo

Este artigo tem como tema a cidade criativa e o seu processo de transformação através da criatividade. Tem como objetivo analisar as características da cidade de Porto Alegre em relação ao conceito de Cidade Criativa. Esse estudo se justifica na medida que a cidade POA foi reconhecida com a distinção Smart City Barcelona 2014 e o Guangzhou International Award for Urban Innovation. Assim sendo, uma análise das suas características poderá contribuir tanto com as políticas públicas da cidade quanto com a literatura. As hipóteses iniciais consideram as características de cidades criativas propostas por Ana Carla Fonseca Reis, tais como Inovações, Conexões e Cultura. A metodologia de pesquisa combina a pesquisa bibliográfica e etnográfica, analisando especialmente o projeto PoaDigital. Os resultados preliminares indicam uma transformação na forma da cidade se relacionar e se comunicar com o cidadão, incentivando a criatividade e a ação empreendedora.

Palavras-chave: criatividade; colaboração; cidades criativas; economia criativa

Abstract

This article focuses on the creative city and its transformation process through creativity. It aims to contribute to the understanding of some of the main characteristics of creative cities and check their development in the city of Porto Alegre, recently recognized with the Smart City Barcelona 2014 distinction and the Guangzhou International Award for Urban Innovation. The initial hypotheses consider essential aspects proposed by Ana Carla Fonseca Reis, innovations, connections and Culture. The research methodology combines literature and ethnographic research, especially analyzing the PoaDigital project. Preliminary results indicate a transformation in the way the city to relate and communicate with citizens, encouraging creativity and entrepreneurial action.

Keywords: creativity; collaboration; creative cities; creative economy

Introdução

Já somam mais de 7 bilhões de habitantes no mundo e estimativas apontam para 11 bilhões em 2100, segundo dados da divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU). Hoje 54% da população mundial vive em espaços urbanos. A densidade populacional vem aumentando e o crescimento da ocupação urbana da mesma forma. Segundo dados do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população urbana no Brasil corresponde a 84%, ou seja, uma taxa significativamente superior ao índice mundial. A Figura 1 apresenta esses dados por Estado da Federação. Mais de 160.000.000 de brasileiros vivem em áreas concentradas, que dependem de infraestrutura básica, segurança, saúde, educação, mobilidade, cultura, entre outros. Os desafios em atender as necessidades orgânicas deste crescimento e das expectativas dos que ali vivem, parecem ser continuamente tensionados.

Agravando este cenário de desenvolvimento, ainda há necessidades de geração de riqueza e produção econômica para subsidiar os seus avanços.

Figura 1. População urbana e rural no Brasil

Fonte: http://noticias.uol.com.br/censo-2010/populacao-urbana-e-rural/

No Brasil, as cidades vêm sendo tema de grande atenção, inclusive internacional. Enquanto o Governo Federal delega políticas sociais, educacionais, de saúde e muitas outras aos poderes municipais, iniciativas como as da ONU percebem no país um celeiro de boas práticas, somando cerca de 282 municípios participantes da campanha Cidades Resilientes, a exemplo da capital gaúcha, Porto Alegre. Cada vez mais, essa cidade desperta como centro de convivência e desenvolvimento, desafiando a pensar em soluções a partir de suas realidades, crenças e valores. Por vezes, ainda, Porto Alegre compete com outras para obtenção de recursos, de investimentos e de talentos.

O incentivo à inovação, a ação empreendedora e a colaboração, seja no âmbito privado ou social, são importantes movimentos alavancadores que a cidade empreende, a exemplo do 4o Distrito de Porto Alegre, um ecossistema de inovação, empreendedorismo, colaboração e criatividade.

A partir desse contexto, uma avaliação da cidade de Porto Alegre em relação ao conceito de Cidade Criativa, torna-se relevante. O objetivo do presente artigo é analisar as características de Porto Alegre em relação ao conceito de Cidade Criativa e aos parâmetros internacionais que o compõe. A partir de uma comparação com tais parâmetros, gestores públicos poderão rever e, eventualmente, ajustar políticas municipais de desenvolvimento para a criação de valor aos seus habitantes, fomentando a chamada Indústria Criativa.

Para o desenvolvimento desse estudo foi adotado o método exploratório descritivo e interpretativo, numa pesquisa qualitativa. O presente artigo adotou como metodologia de pesquisa o estudo de referenciais teóricos em bibliografia recente acerca do tema cidades criativas, criatividade, colaboração e conexões, combinada com entrevistas por escrito junto ao Secretário Municipal de Governança Local de Porto Alegre, que também acumula a função de chefe do projeto Porto Alegre Resiliente e entrevista presencial com o coordenador do projeto PoaDigital.

A etimologia apresenta a palavra cidade como vinda do latin civitas, significando complexo demográfico formado, social e economicamente, por uma concentração populacional não agrícola (Cunha, 1997).

Os desafios do desenvolvimento social e econômico de países e cidades vêm testando as teorias clássicas de administração e economia fazendo despertar iniciativas complementares à luz da evolução da matriz econômica dominante: de agrícola para industrial, desta para comércio e serviço e, mais recentemente, para a era do conhecimento (Drucker, 1997).

Para Florida (2002) a era do conhecimento, da informação e da criatividade tem, no talento das pessoas e na tecnologia, fortes instrumentos de produção criativa, estimulando a produção e consumo de ativos criativos, levando a uma espécie de contaminação positiva da matriz econômica. Como toda atividade, esta nova economia tem um perfil, hábitos, costumes e valores, característicos da geração que hoje ingressa no mercado de trabalho, como identificado na pesquisa da BOX1824, retratada no vídeo We All Want To Be Young. As formas de trabalho, os valores compartilhados, visões de vida e uso da tecnologia desta geração são mais aderentes aos desafios da era do conhecimento e da criatividade, que das gerações anteriores.

No final dos anos 90, começou a ser cunhado um novo conceito para integrar os esforços de desenvolvimento econômico local baseado na produção e consumo de ativos criativos: o conceito de cidade criativa. O desenvolvimento deste conceito incialmente tratava do espaço público e concepções de urbanismo, mas hoje culmina com uma relevante estratégia de diversificação da economia.

O desenvolvimento das características de uma cidade criativa desperta variados e importantes conceitos e iniciativas e pode incluir aspectos como gentrificação, arquitetura icônica, criatividade, segurança, mobilidade, produção e consumo cultural (Vivant, 2012), dentre outros aspectos. Reis (2012) desenvolveu uma sistematização de conceitos e características sobre as cidades criativas enquadrando-as em três características essenciais:


Reis (2012) destaca que a própria transformação da cidade por meio de sua criatividade deve ser entendida como um processo e ela o estrutura através de três fases: latência, catálise e consolidação, representadas no Quadro 1.

Quadro 1. Fases de transformação para uma cidade criativa


Latência

Catálise

Consolidação

Criatividade

Esparsa

Em polos

Difusa

Liderança

Inexistente

Desencadeadora

Compartilhada

Mapas geográfico, mental e emocional

Desconhecidos

Ampliados

Sobrepostos

Conexões

Nas pontas

Entre nodos

Em rede

Espaço público

Espaço de ninguém

Híbrido: espaço de ninguém e de todos

Espaço de todos

Fonte: Reis (2012)

Para Florida (2002), estes novos desafios fazem emergir uma nova classe de trabalhadores, os criativos, que personificam os comportamentos, valores e filosofias de vida característicos da nova economia, a economia criativa. Para ele, os trabalhadores criativos são aqueles que usam a criatividade como principal insumo em suas atividades e que valorizam a boêmia e riqueza cultural da cidade como atrativos para a cidade.

Landry é considerado o precursor do termo cidade criativa e, junto Hyams, propôs 10 aspectos que caracterizam uma cidade criativa (Landry & Hyams, 2012):


Tais aspectos se correlacionam com as características essenciais propostas por Reis (2012), como sugere o Quadro 2:

Quadro 2. Correlação das características e aspectos essenciais



Reis (2012)



Landry, Hyams (2012)

Inovação

Conexões

Cultura

Política e Estrutura Pública



X

Distinção, diversidade, vitalidade e expressão



X

Abertura, confiança, acessibilidade e participação


X


Empreendedorismo, exploração e inovação

X



Liderança estratégica, agilidade e visão

X



Desenvolvimento de talentos e estrutura de aprendizado

X



Comunicação, conectividade, networking e mídia


X


O lugar e o “place making”


X


Qualidade de vida e bem-estar



X

Profissionalismo e efetividade

X



Fonte: os autores

Conforme desenvolvido por Landry (2013; 2000; 2012); Landry & Bianchini (1995); Reis (2009; 2010; 2012); Reis e Kageyama (2011); Vivant (2012); Florida (2002; 2011); Santos (2013); Ashton (2013; 2015); Ashton, Tomazzoni, Emmendoerfer (2014), as cidades criativas estão fundadas a partir de um novo conceito de cidade mais dinâmica, interligada, tolerante, interativa e atraente que busca valorizar a história e a cultura da população e está aberta à inovação. São constituídas de elementos como a criatividade e a inovação baseadas no conhecimento humano, como fator gerador de economia e de qualidade de vida nos centros urbanos. Promove transformações constantes, em uma aliança entre suas singularidades culturais e suas vocações econômicas.

Entre os principais elementos das cidades criativas estão a valorização do espaço público e a necessidade de recriá-lo, a requalificação das áreas públicas subutilizadas, como polo de atração para talentos criativos, a cultura como geradora de benefícios culturais e impactos sociais e econômicos que agrega valor e aumenta a competitividade num ambiente mais criativo, e a construção de uma governança clara e facilitadora de uma estratégia de longo prazo.

As cidades criativas são as que vivem em permanente estado de mudanças, com soluções inteligentes e práticas para problemas cotidianos e as conexões são das mais diversas ordens, entre elas: passado e futuro (históricas); diversidade (reunindo pessoas com culturas, profissões, comportamentos e opiniões distintos); público e privado (governança); local e global (assegurando as especificidades de cada cidade, mas conectadas com o resto do mundo). Destacam que a cultura que caracteriza uma cidade criativa não somente pode ser um conjunto de valores e códigos compartilhados ou ainda o impacto econômico das manifestações, produções e patrimônio.

As principais características das cidades criativas são as políticas integradas de desenvolvimento local/regional; o planejamento e gestão urbana integrada; o urbanismo funcional e arquitetura inovadora; as conexões horizontais e não hierárquicas; as políticas culturais e oferta diversificada de atividades; a economia da cultura do conhecimento; a gestão criativa das empresas e organizações; o turismo cultural e criativo; o marketing territorial e branding; a inovação tecnológica, criatividade artística e boa gestão empresarial dos produtos culturais; o estímulo à criatividade e seu reconhecimento; a construção de governança por meio de uma visão partilhada (setor público, privado e sociedade civil); a presença de uma classe criativa. As cidades criativas devem possuir ainda alguns elementos que lhes são essenciais: possibilidades aos cidadãos para desenvolver as suas capacidades criativas; as universidades, escolas técnicas, institutos de pesquisa, teatros, bibliotecas e instituições culturais devem servir como suporte à criatividade; melhorias na qualidade de vida fomentando a sensibilidade e a criatividade dos cidadãos por meio de políticas culturais e ambientais eficazes que preservem o patrimônio cultural e o ambiente; base econômica sustentável para suportar uma região criativa, ao nível do rendimento e acesso aos bens artísticos e culturais.

O tema economia criativa, cunhado por Howkins (2013) refere-se à dinâmica da produção e consumo de ativos criativos como fator gerador de riqueza criativa e propõe 04 elementos essenciais para as cidades: diversidade, mudança, aprendizado e adaptação.

A partir dos temas discutidos nessa seção, propomos refletir sobre como usar a criatividade e transformar uma cidade em cidade criativa. A cidade de Porto Alegre poderá servir como um bom exemplo.

Recentemente reconhecida com as distinções de Smart City pela iniciativa de Barcelona e pelo Guangzhou International Award for Urban Innovation por suas ações, especialmente aquelas referentes à governança local, à Cidade Resiliente e ao projeto PoaDigital. Segundo dados do Censo 2010, Porto Alegre tem 100% de sua população em área urbana, com mais de 1.400.000 habitantes, sendo a maior cidade do estado em número de habitantes.

Para o Secretário Municipal de Governança Local e chefe do projeto Porto Alegre Resiliente, Cézar Busatto, uma cidade criativa conforma ambientes de liberdade, compartilhamento e colaboração que propiciam a criatividade e a inovação entre seus cidadãos. A utilização de plataformas colaborativas é importante para facilitar esse novo padrão de regulação social em redes mais distribuídas do que centralizadas. Através do conceito de governança solidária local que fundamenta seu modelo de gestão; da mobilização denominada Eu Curto Eu Cuido; das redes de sustentabilidade e cidadania; das parcerias que foram estabelecidas entre governo e comunidades; das ações colaborativas; das iniciativas como o portal de empreendedorismo e inovação PoaDigital; da atuação da agência de inovação InovaPoa; entre outras iniciativas, Porto Alegre avança para fazer da criatividade uma de suas marcas.

O comentário do Secretário Busatto enfatiza a importância atribuída às políticas públicas destinadas a desenvolver a cidade de Porto Alegre como cidade criativa.

O projeto PoaDigital é uma ação transversal com outras secretarias para pensar e trabalhar a cidade, integrando iniciativas e trabalhando com o cidadão de forma mais transparente. O PoaDigital é o hub do ecossistema de inovação, tecnologia e empreendedorismo da cidade de Porto Alegre para pensar a cidade de um jeito diferente, uma espécie de startup da Prefeitura Municipal de Porto Alegre e tem em seu portfólio uma coleção de projetos exitosos. Alguns desses projetos estão relacionados no Quadro 3.

Quadro 3. Projetos PoaDigital

Projetos

Descrição

Acesso

PoaDigital

Hub do ecossistema de inovação, tecnologia e empreendedorismo

www.poadigital.com

DataPoa

O portal de dados abertos da cidade de Porto Alegre

www.datapoa.com.br

RegendoPoa

Intervenção cultural inserindo o cidadão como maestro da orquestra, inspirado no Conduct Us, do Improve Everywhere

https://www.youtube.com/watch?v=KwelUFEexbo&feature=youtu.be

PoaApp

Guia oficial de Porto Alegre em formato App para dispositivos mobile

https://itunes.apple.com/us/app/poa-app/id871936284?mt=8

Usina – Laboratório de Aprendizagem Criativa

A iniciativa, parceria entre a Prefeitura de Porto Alegre e a Escola de Aprendizagens Criativas Perestroika, reuniu 30 professores - entre os meses de agosto e dezembro de 2014, na Usina do Gasômetro, para a realização de aulas e oficinas voltadas ao desenvolvimento de atividades empreendedoras e criativas.

Cerca de 750 estudantes, em 15 escolas, foram beneficiados

http://websmed.portoalegre.rs.gov.br/escolas/eventos/usina/

POAtuitada

Participação da comunidade postando tuites sobre Porto Alegre, que foram editadas, publicadas e lançadas na Feira do Livro, com cessão de autógrafos dos autores dos

tuits selecionados

https://www.youtube.com/watch?v=fmiFjXbG4xQ&feature=youtu.be

POA Musicada

O Porto Alegre Musicada é um projeto do PoaDigital que preenche o mapa de Porto Alegre com música!

Mapeamos as músicas que fazem um passeio pelas ruas da cidade e resolvemos

colocálas "em seus devidos lugares"!

https://www.google.com/maps/d/viewer?dg=feature&msa=0&mid=zq6kyUWUPXAE.kzrnJ6hx2n8k

Para Thiago Ribeiro, coordenador do PoaDigital, alguns dos principais ingredientes do sucesso do projeto são o apoio do Prefeito, que acompanha e participa ativamente das atividades, geração de conteúdo, comunicação ajustada a cada público e profissionalismo de toda a equipe.

Como observa o Secretário Cézar Busatto, para desenvolver a criatividade entre os cidadãos, a principal barreira a superar é o padrão centralizado e os modos hierárquicos de relacionamento que predominam entre nós. Por isso, é necessário horizontalizar as formas de organização social, de modo que possamos evoluir para relações mais colaborativas do que competitivas, eliminar barreiras para que flua o diálogo entre todas as pessoas, valorizando a pluralidade e a diversidade, independentemente de posições sociais ou institucionais.

Em ação concomitante, o Gabinete de Promoção da Inovação e Tecnologia – InovaPoa elaborou o projeto Porto Alegre Criativa, plano municipal de economia criativa, cujo objetivo é orientar as ações municipais no campo da economia criativa. Este ordenado e integrado conjunto de ações fazem com que a cidade de Porto Alegre avance a passos criativos na transformação da capital gaúcha em uma cidade criativa.

Se observadas as características essenciais propostas por Reis, (2012), a saber, Inovação, Conexões e Cultura, que interfaceiam com os aspectos propostos por Landry e Hyams (2012), ver Quadro 2, percebemos um forte alinhamento das iniciativas da cidade, como por exemplo o Hackathon, que promove soluções para a cidade por meio de um torneio baseado na atividade empreendedora de participantes interessados em solucionar problemas da cidade e o Porto Alegre Resiliente, que em sua essência trata as condições e resolver problemas e trazer melhores condições à sociedade (Inovação); as iniciativas coordenadas pelo PoaDigital, ver Quadro 3, (Conexões) e o Porto Alegre Criativa, plano municipal de economia criativa, coordenado pelo InovaPoa, que permite convergir as iniciativas aos propósitos da economia criativa e as iniciativas culturais da cidade para o fortalecimento de sua identidade (Cultura).

Conclusão

As características distintas de uma cidade criativa propostas pelos autores que serviram de base teórica para esse estudo, destacam os termos inovações, conexões e cultura como imprescindíveis em uma cidade que se pretende criativa. Esses termos, entretanto, parecem de fato estar no contexto dos projetos da cidade de Porto Alegre, amparadas por programas e projetos como Porto Alegre Criativa, Porto Alegre Resiliente e PoaDigital.

O envolvimento da comunidade, a transparência e acesso a informações e estímulo a criatividade e a ação empreendedora e uma forma de governança local mais horizontal, com a efetiva participação das comunidades na decisão de temas relevantes para a cidade ajudam a evidenciar o que a levaram a receber importantes reconhecimentos no âmbito de suas atividades criativas e inovadoras. Sendo a capital do estado do Rio Grande do Sul e a cidade com maior índice populacional do estado, serve de referência para outras cidades se inspirarem e subsidiarem ações locais no mesmo sentido, compondo uma grande rede de colaborativa criativa potencial. A continuidade de suas ações e o continuo aprimoramento destas, no melhor do espírito criativo, faz e continuará a fazer de Porto Alegre uma cidade ainda mais criativa.

Bibliografia

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